Correção atividade-Geografia- Secretaria 9º ano - André

 

Respostas comentadas

1. A dicotomia (divisão) Ocidente-Oriente remonta à época do império Romano e, desde os primórdios, já guardava aspectos tanto geográficos quanto culturais.

No período de queda do império, a divisão tomou caráter oficial com a instituição do Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (atual Istambul): Enquanto a parte ocidental se desintegrou já no século 5, o império a Oriente se manteve unificado até 1453, quando foi tomado pelos turcos islâmicos. A partir desse momento, o conceito de Ocidente começa a aproximar da ideia de “cristandade", em oposição ao islã que vinha do oriente.

“O Ocidente sempre se definiu em oposição a algo, ora em relação aos povos islâmicos do Oriente Médio, ora em relação aos povos asiáticos de maneira geral", afirma o professor José Henrique Bortoluci, do Departamento de Fundamentos Sociais e Jurídicos da FGV. "É um conceito que necessariamente abarca uma exclusão do outro”.

2. Não há consenso sobre qual a classificação para o Brasil. Se não somos ocidentais, há diversas classificações possíveis: latino-americanos ou mundo em desenvolvimento são opções.  Outras regiões neste 'limbo' classificatório são a África e a Rússia.

“A classificação da América Latina e do Brasil é particularmente problemática”, segundo o professor. Se por um lado a colonização europeia deixou marcas na língua e no modelo de organização dos países latino-americanos, o subdesenvolvimento socioeconômico e as ditaduras que marcaram a história da região excluiriam esses países do clube ocidental.

“Alguns estudiosos se referiam a América Latina como 'extremo ocidente’ para demarcar a diferença em relação aos países capitalistas avançados”

3. Em outras palavras, na parte 'desenvolvida' do mundo, o Ocidente é sinônimo de desenvolvimento, democracia e cultura de base europeia -- uma definição vaga que não deixa de ter certa carga de preconceito. Para Oliver Stuenkel, autor do livro O Mundo Pós-Ocidental, o debate acerca da filiação do Brasil ao Ocidente gera poucos resultados concretos para as políticas externas. “O conceito de Ocidente é ambíguo e, na prática, traz mais problemas que soluções”.

4. As expressões “novo mundo” e “novíssimo mundo”, citadas no enunciado, correspondem à forma com que os descobridores europeus denominaram as terras por eles descobertas: as Américas e a Oceania. Já a expressão “velho mundo” refere-se a todo o mundo conhecido antes da expansão colonial, que era a Europa, a Ásia e parte da África. Trata-se, portanto, de uma forma eurocêntrica de conceber o mundo, haja vista que considera o continente europeu como sendo a civilização a partir da qual o mundo surgiu. Portanto, letra B.

5. Alternativa D. Em várias teorias científicas há a interferência de teses ideológicas e políticas, que atrapalham a busca isenta do conhecimento. No âmbito da arqueologia, há uma série de teses que se torna um empecilho para o esclarecimento dos fatos. O eurocentrismo, isto é, a crença de que os valores e as conquistas do continente europeu são maiores e melhores do que os de outros povos, é uma dessas teses, haja vista que institui uma perspectiva de que as várias regiões do mundo só poderiam ser ocupadas a partir da matriz europeia.

6. Os principais casos de xenofobia da atualidade encontram-se na Europa, notadamente em países como Espanha, Alemanha, França e Inglaterra. Isso não significa, porém, que essa prática não ocorra em outras localidades do planeta. Alternativa B.

 

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