9º Ano História vespertino, 3ª aula da semana
Nome/aluno (a)
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Nº
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Data: 03/04/2020
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Unidade Escolar:
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C E.
ANTÔNIO OLIVEIRA DA SILVA/CEAOS
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Ano: 9º:
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Componente Curricular: História – professor
Hilário – 3ª aula de 31/03 a 03/04
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Tema/
Conhecimento: A Primeira República e suas características
Contestações e dinâmicas da vida cultural no
Brasil entre 1900 e 1930: A modernização republicana/ O coronelismo em Goiás/
Modernização, urbanização e sanitarismo/ Conflitos urbanos no início da
República
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Habilidade: (EF09HI05)
Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade
brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive. (GO-EF09HI05-A)
Analisar o processo de imigração durante a transição da Monarquia para a
República no Brasil e suas influências nas contestações e dinâmicas da vida
cultural brasileira. (GO-EF09HI05-B) Conhecer e analisar o coronelismo no Brasil,
seus impactos e contradições no contexto nacional e regional. (GO-EF09HI05-C)
Compreender os movimentos de resistência e os movimentos messiânicos
ocorridos no Brasil entre 1900 e 1930. (GO-EF09HI05-D) Conhecer e
problematizar o processo de modernização republicana, diante dos conflitos
que eclodiram no campo e nas cidades, no âmbito nacional e regional, ao longo
da Primeira República brasileira.
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BOA TARDE!
FAÇA O
QUE SE PEDE (copie as
questões no caderno) leia também os capítulos 1 e 2, p. 10 a 40
ATIVIDADES
01. Leia o mapa
mental a seguir e responda as questões em seu caderno.
a) O mapa mental trata das principais características
de qual período da História do Brasil?
b) Quando e Qual foi o evento marcou o fim deste
período?
02. Enumere a primeira coluna de acordo com suas
características:
(A) Oligarquias
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( ) Foi um conceito clássico quando nos referimos à
Primeira República. Essa política ganhou força no Brasil, sobretudo a partir
de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias de São
Paulo e Minas Gerais.
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(B) O mandonismo, o clientelismo e o coronelismo
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( ) Eram forças políticas que baseavam o
seu poder em suas posses, isto é, na terra (os oligarcas eram, em geral,
grandes proprietários de terra).
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(C) A política dos governadores
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( )
Era também conhecida como política dos estados,
foi criada durante o governo de Campos Sales.
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(D) O coronelismo
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( ) Essas três simbolizam o poder das elites
agrárias do país manifestado na posse de terras, além de manifestar o poder
dos coronéis sobre as regiões interioranas do Brasil e a troca de interesse,
elemento fundamental para a sustentação das oligarquias no poder.
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(E) A
política do café com leite
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( ) O
coronel usava seu poder financeiro
para pressionar as pessoas a votar em determinado candidato.
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03.
A Primeira
República foi um período marcado por tensões sociais que resultaram em
conflitos por diferentes regiões do Brasil. O mapa mental traz as principais
revoltas deste período.
Pesquise em livros ou na internet sobre cada uma
destas revoltas, faça uma pequena síntese e destacando os fatores que motivaram
cada uma destas revoltas.
04.
Leia o trecho do
artigo a seguir:
A FORMAÇÃO
HISTÓRICA DO TERRITÓRIO GOIANO E A POLÍTICA CORONELÍSTICA
PAIXÃO,
Frederico Oliveira da &SILVA, Margot Riemann Costa. A formação Histórica
do Território Goiano e a Política Coronelística. Estudos, Goiânia, v. 40, n.
3, p. 215-227, jun./ago. 2013.
Segundo Campos
(1983), o Coronelismo no Estado de Goiás diferenciou-se de outras regiões
pela situação de isolamento geográfico, político, social, econômico e de
comunicação do estado com o centro hegemônico do poder nacional. Não havia
interesse federal na intervenção e/ou interação com esta região, a qual se
mantinha baseada unicamente na pecuária de corte após a fase aurífera.
Devido a este
isolamento o Estado de Goiás se tornou ambiente propício à formação de uma
engrenagem política, comum no Brasil na “República Velha”, chamada de
Política dos Coronéis.
Os coronéis
eram fazendeiros, grandes proprietários de terras, que detinham o poder
econômico, social, político e militar da região. Eram apoiados e envolvidos
na política estadual e até federal, em contrapartida, garantiam apoio
eleitoral aos candidatos indicados pelos governantes por força do voto de
cabresto, estes por sua vez, davam “carta branca” (total liberdade) a estes
fazendeiros em seus domínios.
A manutenção
do poder baseava-se na adequada manipulação do orçamento e pela reprodução do
atraso, assim, mantinha-se a população em situação de dependência frente os
chefes políticos, além de evitar-se fiscalizações e intervenções federais que
pusessem em risco o poder local.
Alguns dos
mais importantes coronéis do período serão apresentados a seguir, bem como a
engrenagem política e a situação de periferismo do Estado de Goiás até a
crise do sistema em 1930.
Autonomia Estadual e Periferismo
No período
entre o Império e a chamada Primeira República ocorreu um marco diferencial
na história do Estado de Goiás, foi quando o estado-membro passou a ser
unidade básica da política brasileira. Considera-se este fato como um marco
porque foi possibilitada ao estado-membro a apropriação da receita de
exportação, a contração de empréstimo, a organização das tropas policiais e a
autonomia política. Contudo, Goiás era um estado periférico, considerado como
insignificante para o governo federal. Portanto, esta autonomia estabelecida
neste período ocorreu não por importância ou autossuficiência política, por
poder econômico ou militar; esta autonomia se estabeleceu por indiferença dos
estados do Sudeste e do Sul do país, chamada de “autonomia negativa” (CAMPOS,
1983). A formação da chamada política coronelística é trabalhada por Campos
(2003) sob dois aspectos:
1. A situação
periférica do Estado de Goiás, distante dos centros hegemônicos de poder;
2. A dominação
de um setor da economia sobre os demais, o que favorece o controle interno,
além de maior estabilidade política.
A economia do
estado de Goiás girava basicamente em torno da produção de gado. Desde o fim
do período aurífero, a pecuária tornara-se a atividade econômica principal de
Goiás. O ouro explorado no estado nos séculos XVIII e XIX é chamado ouro de
aluvião, que é um tipo de ouro fino, encontrado em pequenos córregos. A forma
mais comum de sua extração é através da “batida de peneira”, atividade muito
rudimentar. Assim que esse ouro de superfície era retirado, a população se
deslocava para outras regiões. Contudo, a mineração, diferentemente de outras
formas de produção, gera atração e maior necessidade de agregação de
contingente operacional, o que de certa forma, ocorreu (contudo não
expressivamente) na região, uma vez que esta população em constante migração
à procura do ouro, não se estabelecia em uma área específica. A pecuária
surge inicialmente como apoio e insumo alimentício para o garimpo e
posteriormente, como atividade de exportação de carne e couro para as regiões
do Sudeste, notadamente para São Paulo.
Outro e
principal fator que explica a prevalência econômica da pecuária no estado
neste período histórico é a questão geográfica. Goiás se localiza no interior
do Brasil, longe dos maiores mercados consumidores e apresentava carência de
estradas; o gado era a única alternativa econômica possível para a região
nesta fase, pois podia se locomover por conta própria. A agricultura era de
subsistência para as famílias alojadas na região.
O Estado de
Goiás é afastado das regiões de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul
não apenas por sua condição geográfica, mas também pela dificuldade de acesso
e transporte e por sua condição demográfica, econômica de comunicação, social
e política. Esta região era então vista pelo centro (governo federal) como de
pouca importância econômica, pobre, atrasada, com baixa densidade demográfica
(população dispersa e isolada pela região) e com pouca representatividade
federal, o que confirma também a sua situação periférica em âmbito político.
O Estado de Goiás detinha os elementos necessários para uma intervenção
Federal, o que não ocorreu, exatamente por falta de interesse e
inexpressividade perante o Governo Federal.
Formou-se
assim um ambiente propício para o modelo coronelístico, comum em outras
regiões do Brasil nesta mesma época. Percebe-se no Estado de Goiás a presença
de famílias ou grupos tradicionais com grandes propriedades de terras (latifúndios),
formação de oligarquias locais, poder político, econômico e militar
concentrado, situação de afastamento e indiferença do Governo Federal, e,
como supracitado, a possibilidade de apropriação da receita de exportação, a
contração de empréstimos, a organização das tropas policiais e a autonomia
política.
O arranjo
coronelístico vai ser estabelecido pelo pacto ou compromisso entre grupos
políticos municipais sob o controle do executivo estadual, sendo designada
total autonomia aos coronéis nos seus domínios. Segundo Campos (1983, p. 19):
Estes três elementos – chefia política municipal, situacionismo estadual e
Governo Federal – habilmente coordenados pela política dos governadores, vão
formar o tripé de estabilização do sistema político brasileiro, conhecido
também como arranjo coronelístico. Cada um destes parceiros vai ser
co-responsável pelo funcionamento do sistema e a cada um deles cabe as
vantagens que o compromisso oferece. O poder dos coronéis envolvia o âmbito
político, econômico, social e militar; desta forma, pode-se dizer que os
coronéis controlavam o executivo, o legislativo e o judiciário em suas
regiões. (p. 219 a 221)
Disponível em: https://www.google.com/search?q=coronelismo+em+goias&rlz=1C1GGRV_enBR765BR766&oq=coronelismo+em+goias&aqs=chrome.0.69i59j46j0l6.5047j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8
acesso 26/03/2020.
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a)
Segundo Campos
(1983), o Coronelismo no Estado de Goiás diferenciou-se de outras regiões.
Quais são os fatores que levaram a isso?
b)
Devido a este
isolamento o Estado de Goiás se tornou ambiente propício à formação de uma
engrenagem política, comum no Brasil na “República Velha”, chamada de Política
dos Coronéis. Quais eram as características dos coronéis em Goiás?
c)
Quais eram as
estratégias utilizadas para a manutenção do poder?
d)
A formação da
chamada política coronelística é trabalhada por Campos (2003) sob dois
aspectos. Quais?
e)
Descreva como
era a economia do Estado de Goiás neste período.
f)
Observe a charge
a seguir, pesquise nos meios de pesquisa que você tem à disposição, converse
com as pessoas de sua casa, que você mantém contato, sobre o que eles sabem
sobre o coronelismo em Goiás e em sua cidade e escreva um texto sobre as práticas
que dominou a política brasileira durante a República Velha e refletiram na
política do Estado de Goiás e em sua cidade.
05. Leia o texto a seguir.
Os inúmeros problemas de infraestrutura da capital
federal eram temas recorrentes na imprensa da jovem República (Crédito:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)
Durante a
presidência (1902 a 1906) de Francisco de Paula Rodrigues Alves (1848-1919),
quinto presidente da República, foi implantado o projeto que transformaria
o Rio de Janeiro na capital do progresso. Para financiar as obras, o governo federal obteve um
expressivo empréstimo da Inglaterra, segundo a historiadora Margarida de Souza Neves,
de “8.500.000 libras esterlinas, a metade da receita da União”!
Com a
reforma urbana, pretendia-se dar outro perfil, na face e nos hábitos, para
a capital federal. A cidade se transformou em um imenso canteiro de obras,
sob o comando do engenheiro Francisco Pereira Passos (1836-1913). Começava o
que foi denominado na época como o “bota-abaixo”.
Nos
primeiros anos do século XX, a imagem da capital federal precisava ser reconstruída e transformada no
símbolo de modernidade. O passado seria superado por meio de um comprometimento
com o modelo francês de arquitetura e urbanismo, o que permitiria, segundo o
historiador Jonas da Silva Abreu, “a entrada da nação no seleto grupo das
nações ‘modernas’”.
Os trabalhos
realizados a partir da aprovação, em 1903, de um projeto chamado Embelezamento
e Saneamento da Cidade – que incluía ações como o escoamento de águas pluviais,
melhoramentos dos serviços a cargo da Prefeitura e abertura de
escolas primárias – resultaram em disposições urbanas, despertando olhares e
sentimentos diversos – quanto ao presente e quanto ao futuro. A partir de sua
indicação para prefeito do Distrito Federal, em 1902, empreendia, segundo
palavras do escritor Manoel Carlos Pinheiro, “em consonância com o governo
federal, um amplo programa de reforma urbana, que, inspirado na remodelação
parisiense, tinha o intuito de fazer do Rio de Janeiro um símbolo do ‘novo
Brasil’”.
Os inúmeros problemas da capital federal eram temas recorrentes da na imprensa da jovem República (Crédito: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) |
“Gosto muito pouco de incomodar.” Tais palavras, citadas pela historiadora Maria Inez
Turazzi, foram escritas pelo jovem Francisco, aos 20 anos, e talvez não
tivessem sido proféticas. Pereira Passos tinha feito parte da Comissão de
Melhoramentos, instituída no ano de 1875, ainda durante o Império. Como outros jovens bem-nascidos daqueles tempos,
completou seus estudos de Engenharia em Paris, cidade que vivia uma fase de
profundas reformas conduzidas por Georges Eugène Haussmann (1809-1891), no
período de 1853 a 1879.
Na
administração de Pereira Passos, iniciada em 30 de dezembro de 1902, de
imediato foram tomadas algumas medidas, entre atos e decretos, na tentativa de
impor civilidade ao habitante da urbe, por meio de um efetivo controle
urbanístico. Tal anseio, alterando e disciplinando formas gerais de
sociabilidade, objetivava eliminar antigos hábitos da população diante da nova
ordem que se instalava a partir da República. Uma série de proibições ligadas
às práticas urbanas, usuais até então, foram estabelecidas por decreto, entre
elas: o comércio ambulante da venda de leite (retirado dos animais conduzidos
pela cidade); a venda de bilhetes lotéricos em ruas, praças e bondes; e o
recolhimento dos cães vadios que circulassem sem seus donos. E também acender
fogueiras nas ruas e soltar balões (pelo risco de incêndios), e transitar
descalço e sem camisa em localidades públicas.
Tais medidas
nem sempre eram bem aceitas pela população. A partir dos seus contemporâneos
até os que falam sobre Pereira Passos nos dias atuais, oscilam a extremos as
descrições de seu perfil ou de suas ações.
Os adjetivos mais usados são: empreendedor, incansável e benemérito; ou
ditador, autoritário e insuportável. Por meio de um documento bem-humorado da
época, citado pela historiadora Maria Inez Turazzi, os inconformados cães
vadios perseguidos na sua administração argumentam, contestando, por meio de
um “Protesto-Súpplice ao Todo Poderoso”, a posição autoritária do
prefeito. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/component/content/article?id=2911:administracao-pereira-passos-o-bota-abaixo acesso 26/03/2020.
a)
Os inúmeros problemas de infraestrutura da capital
federal eram temas recorrentes na imprensa da jovem República. Após a leitura
do texto faça uma leitura da primeira imagem ilustrativa deste texto e
identifique as contradições que ela retrata e escreva um pequeno texto em seu
caderno.
b)
Porque você acha que a política adotada pelo governo
federal, efetivada pelo prefeito Pereira Passos recebeu o nome de
“bota-abaixo”?
c)
Quais eram as principais ações do projeto chamado
Embelezamento e Saneamento da Cidade?
d)
Pesquise sobre o preço e as principais consequências
desta modernização.
e) O
trecho destacado no texto mostra a contradições de opiniões em relação as ações
do prefeito Pereira passos. “Os
adjetivos mais usados são: empreendedor, incansável e benemérito; ou ditador,
autoritário e insuportável. Por meio de um documento bem-humorado da época,
citado pela historiadora Maria Inez Turazzi, os inconformados cães vadios
perseguidos na sua administração argumentam, contestando, por meio de um
“Protesto-Súpplice ao Todo Poderoso”, a posição autoritária do prefeito.”
Faça um comentário
deste trecho e registre-o em seu caderno.
f) Qual
relação você consegue fazer, dessa divergência de opiniões, deste período, com
a guerra midiática entre imprensa e Presidente da República neste momento de
pandemia?
06.
Leia o texto a seguir, se necessário busque mais
informações e faça uma análise do processo de imigração durante a transição da
Monarquia para a República no Brasil. Registre em forma de um mapa mental.
A chegada dos imigrantes
SOUSA, Rainer Gonçalves. "A chegada dos
imigrantes"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-chegada-dos-imigrantes.htm.
Acesso em 26 de março de 2020.
No Segundo Reinado, percebemos que as estruturas
das relações de trabalho no Brasil foram sofrendo importantes transformações.
Mediante a insistente pressão das autoridades britânicas, o governo imperial
foi incorporando ações que impediam a expansão do trabalho escravo. Já com a
expressa proibição do tráfico negreiro, em 1850, os grandes cafeicultores foram
tendo enormes dificuldades para adquirir mão de obra capaz de suprir a sua
demanda.
Uma das primeiras alternativas lançadas para tal
impasse foi o chamado tráfico interprovincial de escravos. Nesse caso, os
grandes fazendeiros da região sudeste adquiriam os escravos ociosos localizados
na região nordeste. A disponibilidade dessa mão de obra ocorreu devido à crise
agrícola que atingiu os produtores nordestinos, principalmente pela diminuição
do preço obtido na comercialização da cana de açúcar, do algodão e do fumo.
Segundo algumas estimativas, essa prática foi
responsável pelo deslocamento de aproximadamente 200 mil escravos pelo
território brasileiro. Contudo, essa solução logo se mostrou ineficaz com a
crescente expansão das lavouras de café. Em pouco tempo, a grande demanda por
escravos acabou os transformando em uma mercadoria de alto valor que encurtava
o lucro dos cafeicultores. Dessa forma, o emprego da mão de obra imigrante
europeia se transformou na alternativa mais barata e viável.
O primeiro a empregar a mão de obra assalariada dos
europeus foi o senador e fazendeiro Nicolau de Campos Vergueiro. Entre os anos
de 1847 e 1857, ele trouxe várias famílias de origem portuguesa, alemã, suíça e
belga para trabalharem em sistema de parceira. Nesse tipo de acordo, o
proprietário de terras pagava todas as despesas com a viagem e a acomodação dos
empregados. Ao chegar aqui, o colono estrangeiro trabalhava até saldar suas
dívidas e participava nos lucros obtidos na plantação.
Além de atender uma demanda econômica, a entrada de
imigrantes no Brasil integrava um ambicioso projeto de engenharia social dos
intelectuais dessa época. Tomando a Europa como um grande modelo a ser copiado,
muitos pensadores e políticos acreditavam que a imigração abriria portas para o
gradual “branqueamento” da população brasileira. Nesse sentido, projetava-se a
expectativa racista de diminuir a “negativa” presença de negros e mulatos na
formação do povo brasileiro.
Os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil para trabalhar em sistema de parceria nas
lavouras de café.
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Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-chegada-dos-imigrantes.htm
acesso 26/03/2020.
Observação:
Depois postarei as respostas comentadas. Prof.º Hilário,
Tchau!
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